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Penha inicia monitoramento do Rio Iriri, mas ambientalista cobra ações mais efetivas

“A gente precisa de um bom sistema de drenagem, tubos compatíveis com vazão, de no mínimo um metro de diâmetro” – Gilberto Manzoni.


9 de março de 2021 por
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Gilberto Manzoni, professor de ocenoagrafia e ambientalista. Foto Arquivo.

O recém iniciado monitoramento do Rio Iriri por meio do Instituto do Meio Ambiente de Penha (IMAPE), visando mapear o assoreamento desse trajeto e seus afluentes, busca soluções para evitar alagamentos na cidade – mas não é unanimidade entre ativistas ambientais.

Os ambientalistas cobram ações mais firmes na drenagem das áreas do município. As ações, segundo a Prefeitura, são voltadas para evitar transtornos para a população, e facilitar o escoamento das águas proporcionando mais vida ao Iriri. Mas a limpeza permanente das tubulações ainda é um desafio para a cidade.

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Na avaliação do IMPAE, devido às fortes chuvas ocorridas nesta época do ano, o rio não consegue fazer o escoamento correto das águas, colocando grande parte da população de Penha em situação de alerta para alagamentos. 

O responsável pelo setor do meio ambiente, Everaldo Lourival Francisco, o Bôdo, defende a ação recém iniciada. Segundo ele, a Defesa Civil do Estado vem constantemente emitindo alertas de alagamento.

“As ações são voltadas para o desassoreamento do Rio Iriri para que essa água possa escorrer melhor e não alagar o município, pois muitas regiões estão sendo alagadas”, adianta. “Então, o IMAPE está monitorando o leito e seus afluentes na maré baixa e alta, para ver o comportamento do rio nessas situações de emergências de pancada de chuva”, explicou.

O ativista ambiental, professor universitário e maricultor Gilberto Manzoni, entretanto, apesar de celebrar o monitoramento, observa que a ação, por si só, não é suficiente. “É uma medida interessante, mas na questão de alagamentos, deve ser focada a drenagem do município”, considera ele. “A gente precisa de um bom sistema de drenagem, tubos compatíveis com a vazão, com novas tubulações de no mínimo um metro de diâmetro para realmente absorver esse fluxo crescente de água.

Ainda na visão de Gilberto, a drenagem carece de permanente limpeza até mesmo de novas tubulações de Penha, que já estão entupidas. “Nossa drenagem é muito superficial. O Rio Iriri absorve tudo isso, então tem que dragar. Mas um bom sistema de drenagem é urgente, adequado à vazão de água crescente. E ainda há ligações clandestinas de esgoto que caem na rede pluvial”.  

É interessante frisar que outra situação acompanhada pelo IMAPE está voltada aos pescadores da região, prejudicados nessa época, pois grande parte das embarcações não consegue navegar após a ponte da Avenida Nereu Ramos, devido ao assoreamento do Iriri, prejudicando os pescadores em seu trabalho diário.

Rio Iriri é alvo de ação do IMAPE, instituto ambiental local em fase de formação.
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