Uma senhora de 95 anos que morava em Balneário Piçarras até dia 13 de março veio à óbito na última terça-feira, 23. Ela havia sido vacinada com as duas doses da vacina do Butantan/Coronavac ainda no início do mês de março. A idosa não contraiu o vírus após testagem de contraprova, mas acabou sendo exposta à condições desnecessárias pelo diagnóstico precipitado.
A idosa que também era acamada foi levada ao Pronto Atendimento de Balneário Piçarras na semana da piora. Segundo informações da família, a médica que prestou atendimento no PA diagnosticou a idosa com covid-19 e assim que os familiares notificaram que a idosa já era vacinada, a médica disparou por duas vezes: “Vacina não adianta, as pessoas não deveriam tomar vacina”, relatou a neta Adelaine Zandonai conforme seus familiares a contaram.
A Rede Marazul conversou com a neta da idosa que relatou o descontentamento no atendimento e a insatisfação em ter que lidar com orientações do tipo que negam a ciência partindo dos próprios médicos.
“Quando cheguei no pronto atendimento, na noite de terça-feira, acompanhei a transferência da vó para o hospital de Camboriú, onde fomos extremamente bem atendidos. Mas o médico estava perdido, pois, segundo ele, o PA de Piçarras encaminhou a minha avó sem o prontuário e não informou nem mesmo qual medicação era prevista”, relembra a neta.
Consultada através de assessoria pela reportagem, a equipe médica ou representantes da saúde de Balneário Piçarras não se pronunciaram sobre o caso.