O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou sua previsão para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano. Segundo o instituto, a taxa deve fechar o ano em 5,3%. A estimativa divulgada hoje (24) é superior à previsão anterior, de 4,6%.
Segundo o Ipea, nos últimos meses houve mudança nos fatores de pressão sobre a inflação brasileira. Atualmente, o principal impacto na alta de preços vem dos itens monitorados, ou seja, produtos como gasolina, gás de botijão e medicamentos.
A previsão de inflação dos monitorados para 2021 subiu de 6,8% para 8% na pesquisa divulgada hoje.
Inflação
O Ipea também revisou a estimativa para os grupos de bens industriais, de 3,8% para 4,3% em maio, e dos serviços livres, exceto educação, de 3,6% para 4%. A previsão para a inflação dos alimentos em domicílio foi mantida em 5% e da educação em 3,8%.
A previsão para o INPC, que mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, subiu de 4,3% para 4,7%.
Mercado Financeiro
O mercado financeiro revisou para cima pela sétima semana consecutiva suas projeções para a inflação brasileira este ano, desta vez de 5,15% para 5,24%. As estimativas para o crescimento da economia brasileira em 2021 também foram elevadas, pela quinta semana, de 3,45% para 3,52%. Os dados constam do relatório Focus divulgado pelo Banco Central (BC) na manhã desta segunda-feira (24).
Em 5 de abril, antes da primeira elevação nas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa era de alta de 4,81% da inflação em 2021. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
No caso do Produto Interno Bruto (PIB), em 19 de abril, antes do movimento de aumento das previsões para o desempenho da atividade neste ano, as apostas apontavam para expansão de 3,04% da economia.