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João Rodrigues apoia Bolsonaro mas prefere Jorginho em Brasília

João Rodrigues foi entrevistado nesta quinta-feira (31) no programa Radar Marazul, da Rede Marazul (94.5 e 97.1 FM)


31 de março de 2022 por
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Integrante de um seleto grupo de políticos catarinenses vencedores de todas as eleições disputadas, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, PSD,  governa a cidade com mãos de ferro, preparando-a para um futuro promissor, segundo ele próprio. Ele acaba de declinar da condição de pré-candidato ao Governo do Estado, em dobradinha que era esperada com o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, que também desistiu de concorrer.  Ambos completariam o quadro com o empresário Luciano Hang da Havan, cuja suposta candidatura ao Senado não vingou.  João Rodrigues foi entrevistado nesta quinta-feira (31) no programa Radar Marazul, da Rede Marazul (94.5 e 97.1). 

Na oportunidade confirmou votar e apoiar o presidente Bolsonaro, porém sem apoiar o candidato a governador do presidente em Santa Catarina.  A propósito, João Rodrigues identifica o que chamou de mau costume do eleitor, querendo votar na mesma sigla em todos os níveis.  “Eu voto em Bolsonaro, diz, mas isso não quer dizer que eu vá votar nos demais candidatos do seu partido. “Vou escolher meu candidato a deputado federal ou estadual. Para governador eu quero ajudar o presidente Bolsonaro, e também quero ajudar o senador Jorginho Mello, mas para que ele fique como senador em Brasília. É disso que precisamos, de um senador para defender os interesses do país.

Risco político

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O entrevistado lembra do risco político que Santa Catarina corre, de reduzir sua representatividade no Senado se Jorginho virar governador. Lembra que, na medida em que o suplente de Jorginho não é bolsonarista, fragiliza portanto os quadros do PL no Congresso Nacional. “Reitero, sou eleitor de Bolsonaro, mas na esfera estadual vou escolher o melhor para Santa Catarina, seja para governar, para ser deputado federal ou deputado estadual. Eu gostaria muito de governar o meu Estado, mas isso poderá ocorrer   em outro momento, adiando o sonho daqui a quatro anos.

Sobre  sua recente desistência de concorrer ao Governo do Estado, o prefeito explicou ter nascido essa expectativa “a partir do momento em que fui convidado a concorrer esperando que Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma, estivesse junto comigo, entendendo que seria uma dupla  praticamente imbatível, pela experiência administrativa e bagagem política de cada um. A parceria, explica, seria completada com Luciano Hang, entusiasta do projeto. Foi um projeto que quase deu certo, mas fracassou a partir do momento em que Salvaro decidiu não concorrer”. Reiterou que o desmanche do grupo não compromete o apoio ao presidente Bolsonaro no Estado.

Moisés em dois tempos

João Rodrigues nega que a decisão dele e do prefeito de Criciúma tenha relação com o crescimento político do nome de Carlos Moisés, cujo mandato, na ótica do prefeito de Chapecó, pode ser dividido em duas partes, “a primeira  parte desastrosa, complicada para não dizer trágica”. Já na segunda parte do governo, Rodrigues considera um período marcado por uma gestão republicana cuja estratégia foi organizada pelos assessores Heron Jordani e Paulo Eli. Desta forma o governo conseguiu aportar recursos para todos os municípios. Só deixei de ser candidato porque Clésio abriu mão, se ele tivesse permanecido não tenho dúvida que ganharíamos essa eleição, até mesmo pelo histórico eleitoral de cada um de nós. Só eu venci as nove eleições que disputei”.

Lembrou também que no ano passado, em plena pandemia Chapecó foi destaque nacional “pelas atitudes corajosas que tomamos em momentos de crise”. Para o entrevistado, você conhece um líder não é na sobra do dinheiro mas nos momentos de crise. O prefeito de Criciúma ostenta idêntico currículo de sucesso tendo recebido 70 por cento dos votos na sua última reeleição. O prefeito João Rodrigues abordou também um pouco da estratégia que hoje adota em Chapecó para minimizar o sofrimento dos moradores de rua e vulneráveis entregues às drogas. Para estas pessoas ele criou um mecanismo que tem tirado muitas pessoas das ruas. Para ele, um câncer mata uma pessoa mas a droga mata uma família.

Governo assistencial

Diante disso, a prefeitura de Chapecó vem adotando um critério, criando entidades assistenciais e Ongs, como a de proteção aos animais, por exemplo, aproveitando a identidade dos moradores de rua com os cães que os acompanham,  entregando o cuidado de canís sob a responsabilidade de moradores de rua, acolhendo estes e procurando uma vida digna para os mesmos. O procedimento na cidade tem produzido excelentes resultados, assegura o prefeito. Ele falou também dos números positivos da sua administração municipal, expressos em projetos e um planejamento voltado para o futuro, “na construção de uma Chapecó com a marca do desenvolvimento”.

Ao fazer um diagnóstico de sua administração, João Rodrigues lembra que governar Chapecó não é o mesmo que governar uma cidade do litoral, por exemplo, onde as pessoas estão perto de tudo. “Aqui estamos a mais de 500 quilômetros, onde, compreensivelmente, tudo fica mais difícil. Como ponto positivo do seu município Rodrigues destaca que nos últimos dois anos foram gerados dois mil novos empregos na cidade. Já o município tem grandes investimentos no social. Está licitando a construção de uma casa de passagem para dependentes químicos para que todos sejam recolhidos da rua e devidamente alojados. Próximo ao mesmo local será construído o NAPA, Núcleo de Apoio aos Pequenos Animais. A Cidade do Idoso e Cidade da Criança, igualmente recebem apoio da administração municipal.

João Rodrigues anunciou também estar criando o maior distrito industrial da história de Chapecó, em área de um milhão e meio de metros quadrados, para atrair pelo menos 50 novas indústrias já cadastradas na Prefeitura. Na oportunidade, na entrevista que concedeu à Rede Marazul, João Rodrigues confirmou que sua esposa, Fabiana Rodrigues (Fabi) será candidata a deputado estadual, aproveitando seu envolvimento por mais de 25 anos exercendo atividades em várias entidades de assistência social do município e da região. Sobre apoio na eleição de governador, ele diz que ainda vai ouvir os planos do candidato do seu partido, Raimundo Colombo, para depois decidir-se pelo apoio. “Por enquanto vou cuidar de governar Chapecó”, encerrou.

Confira a entrevista completa do Prefeito de Chapecó:

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