Na quarta-feira (9), o Ministério da Defesa enviou ao TSE o relatório das Forças Armadas sobre as eleições e o sistema eletrônico de votação. Segundo divulgado, o documento afirma que não foram constatadas irregularidades no processo eleitoral. Além disso, alega que os boletins de urna impressos estão em conformidade com os dados disponibilizados pelo TSE.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, em nota, falou que o relatório foi recebido com satisfação. “O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu com satisfação o relatório final do Ministério da Defesa, que, assim como todas as demais entidades fiscalizadoras, não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. As sugestões encaminhadas para aperfeiçoamento do sistema serão oportunamente analisadas. O TSE reafirma que as urnas eletrônicas são motivo de orgulho nacional, e que as Eleições de 2022 comprovam a eficácia, a lisura e a total transparência da apuração e da totalização dos votos.”
No entanto, o relatório alerta sobre a possibilidade de um eventual “código malicioso” representar risco de segurança. “Dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”, aponta o relatório.
Em ofício enviado ao TSE, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, cita trechos do documento e considera um possível risco de haver acesso à rede enquanto o código-fonte é compilado.
As Forças Armadas foram convidadas para integrar a Comissão de Transparência das Eleições, diante de questionamentos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores sobre a lisura das urnas.