Mais tempo livre e salvação da lavoura. Esses são os principais benefícios que as câmaras frias instaladas pela Cooperativa Araquari trouxeram para os produtores rurais locais. Os equipamentos adquiridos pela cooperativa deram fôlego e ajudaram na logística da entrega.
Segundo o presidente da CooperAraquari, Joni Gonçalves “ antes o produtor tinha que trabalhar todo o domingo na colheita para garantir que o produto chegasse a tempo para o carregamento e transporte, já que a entrega acontece na segunda-feira. Agora ele consegue planejar folgas, ter flexibilidade de horário, uma vez que o produto pode ser colhido e armazenado nas câmaras frias”.
Elas também garantem a qualidade dos produtos e evitam perdas, principalmente em época de chuvas. Diego Decker trabalha com a produção de hortaliças no bairro Itapocu, em Araquari; planta rúcula, salsinha, cebolinha, alface, couve e batata doce.
De acordo com o produtor, uma alface americana chega a durar uma semana bem conservada no resfriamento. “A intenção é deixar um ou dois dias no máximo, mas é um recurso que a gente pode usar em épocas de muita chuva, para evitar prejuízos na estufa. Colhe e leva até a cooperativa, depois a cooperativa organiza o transporte, uma preocupação a menos”.
Os equipamentos têm capacidade para armazenar oito toneladas de alimentos. Os congelados ficam a menos 18 graus, e os resfriados em cinco graus positivos. O investimento foi de cerca de 160 mil reais, intermediado pela prefeitura via emenda parlamentar do deputado federal Fabio Schiochet (União-SC). Além das câmaras frias, também foram adquiridos paletes e caixas para transporte.
Morangos, polpa, aipim, maçãs e outros produtos ficam armazenados nas câmaras frias, instaladas dentro da Associação de Moradores, do bairro Jacu. O local foi alugado pela cooperativa. Grande parte da produção da cidade abastece a merenda escolar, tanto de Araquari quanto de municípios vizinhos, como Barra do Sul e Schroeder. Para o futuro, a cooperativa quer investir em energia solar.