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Javier Milei vence Sergio Massa e será o próximo presidente da Argentina


19 de novembro de 2023 por
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O candidato de extrema direita Javier Milei é o presidente eleito da Argentina, vencendo o governista Sergio Massa. Com 87% dos votos apurados nesta noite, o placar é de 55% a 44% contra o candidato Massa. Segundo o jornal Clarin, Massa admitiu que os resultados “não são os que esperávamos”. E disse que já conversou com Milei: “Para parabenizá-lo e desejar-lhe boa sorte, porque é o presidente que a maioria dos argentinos elegeu para os próximos quatro anos”.

Milei, da coligação A Liberdade Avança, falou em esperança na hora de votar neste domingo. “Esperemos que para amanhã (20) haja mais esperança, e não tanta continuidade e decadência. Que hoje à noite tenhamos um novo presidente eleito”, afirmou. “Estamos muito satisfeitos, apesar da campanha do medo e de toda a campanha suja que fizeram contra nós.

Milei foi a grande novidade dessa eleição. Com discurso ultraliberal e anti-establishment, ele conseguiu alterar a configuração de forças no tabuleiro político do país. Se até então as disputas eleitorais se restringiam a kirchneristas e macristas, que concentravam mais de 90% dos votos, o que se viu dessa vez foi uma batalha de terços, na qual, durante o primeiro turno, três forças políticas tinham chance de passar para o segundo, cada uma com cerca de um terço do eleitorado.

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Num país abalado por uma profunda crise socioeconômica, Milei ganhou destaque com frases de efeito e ideias pouco convencionais, sendo a dolarização da economia a que ganhou mais destaque na campanha — nesse âmbito, ele chegou a comparar o peso a um “excremento” e estimulou as pessoas a trocarem pesos por dólares, o que pode ter sido um dos fatores responsáveis pela corrida cambial que fez o dólar disparar como nunca e superar a marca de mil pesos no câmbio paralelo, no final da semana passada. Milei também propõe fechar o Banco Central e privatizar empresas estatais.

Outras propostas polêmicas que surgiram durante a campanha foram a liberação da venda de armas de fogo e até de órgãos humanos, das quais Milei recuou após a votação do primeiro turno, na qual ficou sete pontos percentuais atrás de Massa, em segundo lugar. A partir dali, suavizou o discurso em alguns aspectos e fez uma aliança com a conservadora Patricia Bullrich, terceira colocada no primeiro turno, e com o ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019).

Com frequência, ele prometeu cortar o gasto público com uma motosserra, outra de suas frases de efeito, neste caso acompanhando de uma imagem de efeito, pois carregava uma motosserra a tiracolo em eventos de campanha — guardadas as devidas proporções, faz lembrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) fazendo o gesto da arma em punho.

O PASSADO DE MILEI

Durante a adolescência, Javier Milei foi goleiro de futebol e teve uma banda de rock que tocava músicas dos Rolling Stones. Formou-se em Economia pela Universidade de Belgrano, na Argentina, e fez dois mestrados na área. Atuou em consultorias, bancos e grupos de políticas econômicas. Defende um modelo de capitalismo sem regulação do Estado.

Sua campanha foi coordenada por uma mulher, sua irmã Karina Milei, única integrante de seu núcleo familiar com a qual ele tem contato, já que com os pais Milei não fala, pois os considera pessoas “tóxicas”. (Com informações de Julio Adamor).

Foto Internet / Divulgação.

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