Os moradores da rua Messias Diniz Vaz, em Barra Velha, vivem momentos de dificuldade e perdas a cada chuva forte ocorrida na localidade, na região de Pedras Brancas, em Itajuba. Na semana passada, não precisou de chuva forte para a água invadir várias casas – com lâminas de 10 a 50 centímetros na região localizada ao final da rua.

Segundo um morador, em reportagem do DIARINHO, o problema acontece no trajeto final da rua, que é mais baixo, mas vem avançando, o que demonstra que as condições de vazão da água e da lama estão cada vez menores.

“Há um loteamento próximo, o Bela Vista, em área mais alta. O barro desce de lá e vai invadindo”, detalha ele. Na localidade, ainda há muitos terrenos baldios, pois o loteamento é antigo, e, em geral, com casas simples e famílias em vulnerabilidade.

Na mesma área, também é possível ver tubulações que jamais foram finalizadas e terrenos bastante irregulares, sem vazões, o que favorece os alagamentos. A cada chuva, moradores perdem móveis e roupas.

O DIARINHO buscou uma posição da prefeitura sobre a reivindicação dos moradores. Segundo o engenheiro Elvis Füchter, secretário de Planejamento, o problema dessa área de Pedras Brancas são os imóveis localizados na faixa da área de preservação do rio Itajuba, o que impossibilita uma atuação legal da Secretaria de Obras.

“Na região do loteamento Bela Vista, estes imóveis vêm sendo ocupados sem o mínimo de habitabilidade, por se tratar em sua maioria de casas de invasões, dentro de área de preservação permanente”, observou o engenheiro.

Füchter confirmou que as construções irregulares geraram “estrangulamento” das condições de drenagem. “Tubos foram colocados clandestinamente e realmente acarretam em alagamentos para quem mora às margens do rio”, acrescentou.

O secretário ainda frisa que há imóveis regulares, mas boa parte das famílias são residentes há não mais do que três anos, algumas não têm nem mesmo cadastro na Assistência Social local.

“Não podemos efetuar melhorias ou dar casas para invasões recentes. E também não podemos colocar estas pessoas na rua. Nossa prioridade são as famílias devidamente cadastradas e que estão na fila, assim podemos fazer melhorias ou encaminhar ao aluguel social.