A pequena Águas Frias, no Oeste, está na contramão da grande maioria dos municípios do Brasil quando o assunto é representatividade feminina na política. Os quase 3.000 eleitores elegeram mais mulheres para a Câmara de Vereadores do que homens. E mais, a Mesa Diretora do Legislativo Municipal é comandada somente por mulheres, sob a presidência da vereadora Ediane de Carli Trevelin, do PMDB.

Ediane conta que nunca se imaginou na política, mas quando veio o convite para a candidatura teve o apoio da família. “Como a minha família me apoiou e me incentivou, eu aceitei ir. Quando abriram as urnas, eu fui a mulher mais votada. Então, para mim, foi uma sensação muito gratificante. Jamais me arrependo disso. Fiquei nove anos no conselho da comunidade, fui coordenadora catequista. Quando resolvi ser candidata, a minha comunidade me ajudou muito”, relembra.

Na Câmara de Águas Frias, Ediane divide com o comando com Simone Ballena, também do MDB, Tatiane Sabino, do PSD, e Luana Basso, do PSDB.

Nas últimas eleições municipais, os catarinenses elegeram 525 mulheres para o legislativo, o que representa 17% dos eleitos. E a vereadora Edi é uma delas. “É recompensador sermos a maioria em nossa cidade e ter a oportunidade de fazer um bom trabalho. Nós, mulheres, temos sensibilidade e visão diferentes em comparação aos homens”.

Mulher o Voto que Muda a Política

O exemplo da presença feminina na política vindo de Águas Frias é um estímulo para a campanha Mulher o Voto que Muda a Política. Uma ação da Procuradoria da Mulher e Secretaria da Mulher da Assembleia Legislativa, com o apoio de vários órgãos.

Uma sessão solene nesta segunda-feira, dia 25, vai marcar o lançamento da iniciativa. Na ocasião, o Parlamento vai homenagear lideranças femininas que ocupam lugar de destaque nos segmentos político, jurídico, empresarial e acadêmico.

A cerimônia deverá ter a presença da presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SC), Maria do Rocio, e da vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Bohem, entre outras lideranças.