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Justiça concede medida protetiva contra vereador de Navegantes acusado de humilhar servidora


25 de março de 2024 por
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Uma servidora da Câmara de Vereadores de Navegantes garantiu na Justiça medida protetiva para que um dos vereadores da extrema-direita na cidade mantenha distância dela, após receber supostos insultos e ameaças do parlamentar. A medida foi concedida pela Comarca de Navegantes, na última sexta feira, dia 22 de março, e veio à tona através de reportagem do Jornal nos Bairros, do mesmo Município.

De acordo com a reportagem, trata-se do vereador Antônio Carlos Uller, o Toninho Uller (do Partido Patriota, sigla que está em fase de transição para o Partido da Renovação Democrática, PRD, após fusão nacional como o PTB).

A assessora das Comissões Permanentes da Câmara de Navegantes, de iniciais K. C., foi quem registrou esse boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil local. A acusação é de suposto assédio moral.

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De acordo com a reportagem, a assessora, diante de testemunhas, no último dia 19 de março, terça-feira, teria sido humilhada pelo parlamentar, o qual teria se exaltado e proferido palavras contra K., reclamando que não tinha em mãos a pauta da reunião legislativa.

K. respondeu que a pauta havia sido enviada por WhatsApp; o vereador se valeu de palavras hostis contra ela, configurando a humilhação. Pessoas presentes na sede da Casa de Leis relataram que se assustaram com o tom do vereador durante a reunião.

De acordo com a delegada Patrícia Burin, no mesmo jornal, as medidas protetivas foram deferidas para que K. seja intimada a dizer se quer representar o vereador criminalmente, dando início à investigação do caso. Extraoficialmente, ele está sendo acusado de ameaça, assédio moral e injúria, pois teria ameaçado exonerar a servidora, chamando-a de “incompetente” e que seu cargo seria “do Patriota”. O pano de fundo seria uma briga de vereadores por cargos – e não seria a primeira servidora assediada por Uller.

A assessora protocolou queixa junto à Procuradoria da Mulher da Câmara de Vereadores de Navegantes, que acolheu a denúncia. Segundo a vereadora Sol Dapper (PSD), atual procuradora da Mulher, essa situação deverá ser julgada pela Comissão de Ética, composta pelos vereadores Lu Bittencourt (PL), Paulo Melzi (MDB), e pelo próprio Toninho Uhler, que nesse ano deverá ser substituído pelo vereador Andreu Laurentino (PSD).

A reportagem da Rede Marazul entrou em contato com a assessoria do vereador Uller, para averiguar as alegações, mas não houve resposta. “Como procuradora da mulher na Câmara Municipal, recebi a denúncia feita pela servidora contra um vereador da Casa e agora, minha função, é dar prosseguimento como determina a legislação e o nosso regimento interno”, reforçou Sol Dapper.

Sol, entretanto, detalhou que a Procuradoria não é responsável pela investigação e apuração dos fatos. “Assim que recebida a denúncia, nossa obrigação é encaminhar para a presidência da Casa e também para a Comissão de Ética. Estes serão os responsáveis pelos devidos encaminhamentos”, finalizou, assegurando que acompanhará o caso “sem corporativismo, com imparcialidade e zelando pela verdade”.

A Rede Marazul apurou junto à fontes em Navegantes que as câmeras de monitoramento do Legislativo estavam desligadas no dia da suposta agressão – K. entretanto, teria quatro testemunhas.

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