Em áudio vazado, o deputado bolsonarista Zé Trovão (PL) teceu fortes críticas ao seu partido e disparou contra “políticos de esquerda” que estariam se filiando no partido, além de demonstrar insatisfação com alianças firmadas pela sigla – sobretudo em Santa Catarina. Ele confirmou a autenticidade da gravação, dada durante entrevista ao Jornal Razão, de Tijucas, um órgão de infromação também ligado ao bolsonarismo..

“Eu não sento com bandido, eu não faço acordo com bandido. Eu não aperto a mão de deputado, nem de prefeito, nem de vereador, nem de ninguém que seja de esquerda. Eu tenho um nojo da esquerda, eu tenho um nojo do PT, eu tenho um nojo dessa turma desgraçada que só destruiu o nosso Brasil, e estão destruindo novamente”, declarou Trovão ao jornal.

Segundo o parlamentar, o PL tem “pessoas que têm que ser retiradas do partido”, em referência a polêmicas votações na Câmara Federal: “Prestam um desserviço ao partido e ao Brasil. Pessoas que se elegeram com a bandeira do Bolsonaro e que sempre traem o Bolsonaro. Pessoas que estão traindo o Bolsonaro. De que maneira? Traem o Bolsonaro através de uma votação, traem o Bolsonaro através de uma assinatura de uma PEC, de uma CPI, de um processo de impeachment”, disse ele. Na gravação, não são citados nomes.

Em janeiro deste ano, entretanto, foi o próprio deputado federal que acabou flagrado criticando Bolsonaro. O áudio foi divulgado pelo portal Metrópoles. No conteúdo, o congressista, sem saber que estava sendo gravado, afirma que o ex-presidente é o “maior mau exemplo” para a política. Ao portal Poder360, a equipe do congressista confirmou a autenticidade da gravação.

Em seu perfil no Instagram, Zé Trovão disse ainda que não tem que ficar “provando sua lealdade a ninguém”. Na gravação divulgada pelo Metrópoles, o bolsonarista afirma que Bolsonaro “entregou” a eleição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também criticou o ex-chefe do Executivo por “querer resolver as coisas no grito, na guerra”.

Em seguida, Trovão alegou que o áudio, embora real, foi “tirado do contexto” e afirmou que “não precisa provar sua lealdade” a Bolsonaro e ao bolsonarismo.