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PSD cresce e se torna sigla com maior número de prefeitos do Brasil; MDB, PT e PL também avançam


22 de abril de 2024 por
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O PSD, fundado em 2011 por Gilberto Kassab com o lema de não ser de direita, esquerda ou centro, ultrapassou o MDB e se tornou o partido com maior número de prefeitos no país. Na região, o partido filiou lideranças importantes como os prefeitos de Navegantes, Liba Fronza (ex-UB), de Araquari, Clenilton Carlos Pereira (ex-PSDB) e de Luiz Alves, Marcos Pedro Veber (ex-PSDB).

Também na região do litoral norte, o partido passou a comandar Barra Velha; com a prisão do titular, Douglas da Costa (PL), assumiu o presidente do Legislativo, Daniel Cunha; já em Penha, o PSD filiou o ex-prefeito Evandro Eredes dos Navegantes, ex-PSDB, um dos nomes fortes à disputa pela Prefeitura neste ano.

Segundo levantamento da Folha de São Paulo, depois do fim da janela de trocas partidárias para as eleições deste ano, levando em conta mapeamentos feitos pelos próprios partidos —que, apesar de pequenas divergências entre si, convergem para um cenário semelhante.

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O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deixou de divulgar publicamente os dados de filiação em 2021, alegando obedecer à Lei Geral de Proteção de Dados.

A pouco mais de cinco meses das eleições municipais, o PSD tem ao menos 1.040 prefeitos, um crescimento de 58% em relação ao resultado das eleições de 2020, aponta o levantamento. O partido presidido por Kassab — atual secretário de Governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo — afirma, porém, que ainda pode chegar a 1.050 prefeitos.

Mesmo perdendo o posto de partido com mais prefeitos, o MDB também cresceu: ocupa o segundo lugar, saindo de 793 prefeitos eleitos em 2020 para os atuais 916. Estados governados pelo partido como o Pará e Alagoas puxaram o crescimento.

Ocaso tucano

Além do PSD, cresceram significativamente legendas como Republicanos, PT, Avante e PSB. Por outro lado, encolheram em número de prefeitos siglas como PSDB, Cidadania, Podemos, Solidariedade, PDT e PRD (fusão do Patriota e do PTB).

O PSD compõe a base de apoio de Lula (PT), governa o Paraná e Sergipe e tem forte influência em São Paulo, onde Kassab, antes de virar secretário, foi um dos fiadores da candidatura de Tarcísio em 2022.

Considerado homem forte da gestão Tarcísio, o presidente do PSD é responsável pela relação do Palácio dos Bandeirantes com prefeitos e deputados, além de controlar a verba de emendas e convênios.

Foi justamente em São Paulo que o partido deu seu maior salto, saindo de 64 prefeitos eleitos em 2020 para os atuais 306 entre 645 cidades. Na avaliação de Kassab, o crescimento foi um movimento natural diante do novo cenário político do estado.

O PSD também cresceu no Paraná ancorado pela popularidade do governador Ratinho Júnior: chegou a 215 prefeitos de um total de 399 e governa mais da metade dos municípios do estado. Kassab atraiu ainda três prefeitos de capitais eleitos por outras siglas em 2020: Eduardo Paes (Rio de Janeiro), Rafael Greca (Curitiba) e Topazio Neto (Florianópolis).

Com a proliferação de prefeitos, o PSD busca fortalecer seu projeto de candidatura própria em 2026 —Ratinho é um presidenciável cogitado.

Protagonistas da eleição presidencial de 2022, PT e PL também se beneficiaram da migração de prefeitos. Os petistas, contudo, souberam aproveitar melhor a janela de oportunidade. O PT elegeu 182 prefeitos em 2020 e agora chegou a 265, aumento de 46%. O avanço, contudo, ficou concentrado nos estados do Ceará, Piauí e Bahia –todos comandados por governadores petistas.

O PL, por sua vez, pretende usar a mobilização popular de Bolsonaro como impulso na eleição deste ano. O PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, teve um crescimento de 12% e atualmente comanda 324 municípios.

Já o PSDB, que passa por uma crise e encolheu na eleição de 2022, perdeu apelo junto aos mandatários municipais. De 523 eleitos em 2020, a sigla conserva 310 (queda de 41%). O partido tem buscado retomar protagonismo na oposição ao governo Lula e, ao mesmo tempo, reafirmar uma posição de centro.

Em Pernambuco, o partido saiu de 5 para 28 prefeitos após a eleição da governadora Raquel Lyra, mas segue atrás do rival PSB, que caiu de 53 para 41 prefeituras.

Em 15 dos 26 estados brasileiros, o partido do governador é aquele que mais possui prefeitos. A principal exceção é Minas Gerais: o Novo, de Romeu Zema, comanda apenas 3 dos 853 municípios do Estado.

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