Moradores de São João do Itaperiú estão revoltados desde a semana passada com um ato de violência contra os animais ocorrido na cidade – um cachorro foi morto a tiros de espingarda na sede do município, e gerou denúncias das ativistas de iniciais G. G. e R. L. na rede social Facebook. Elas defendem a causa animal na cidade.
Segundo as ativistas, o cachorro não resistiu ao tiro, que teria inclusive acontecido na frente de crianças. Ainda de acordo com elas, um morador chegou a chamar a polícia, mas o atirador havia se retirado do local. Segundo G. G., o que o atirador fez é crime, e existe legislação para puni-lo, pois não seria o primeiro registro de maus tratos na cidade.
O Jornalismo Marazul apurou que nos últimos dias, outros dois cãezinhos foram mortos, desta vez por envenenamento em São João. No caso do tiro de espingarda, elas informam que o atirador não gosta que animais passem perto de sua residência. “Não é normal fazer isso. Tanto não é que se caracteriza como crime”, observou a internauta.
Segundo ela, quem acha natural e normal matar um cachorro a tiros é “tão bandido quanto”, e “que é civilizado e do bem não faz essas atrocidades”. A internauta ainda defende que o responsável deveria sentir vergonha do que fez.
Outros pedidos das denunciantes é que moradores de São João do Itaperiú sejam tutores conscientes de seus animais, e não os deixem sair livremente pela cidade, e que o Município tome providências e crie leis municipais contra os maus-tratos. G. ainda reivindica que a Polícia Civil assuma investigações sobre esse caso da espingarda.
Ouvida pelo Jornalismo Marazul, a Prefeitura de São João repudiou o fato, e concordou que o ato de crueldade contra animais é caracterizado como crime, e este, de competência policial. Em relação ao controle e bem-estar animal, São João destacou à emissora que já sancionou a lei que cria o Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais, com o objetivo de discutir políticas públicas voltadas à saúde animal e controle de zoonoses. O próximo passo é estruturar o conselho.
Além desta iniciativa, o município já confirmou a participação no projeto da AMVALI para castração dos animais, previsto para o segundo semestre. A Vigilância Sanitária local tem também feito fiscalizações quando são denunciados os casos de zoonoses. Mas são poucos os casos de maus tratos que chegam à Prefeitura – apenas um caso, envolvendo animal de grande porte – foi registrado pela Secretaria de Meio Ambiente recentemente. Nesta ocasião, a profissional veterinária foi deslocada para averiguar.