Um curso de formação de brigadistas acabou em confusão em Barra Velha. A seleção dos profissionais – feita por uma empresa particular – ocorreu num auditório locado da cidade, na tarde desta terça-feira, dia 2 de março, acabou tendo de ser dispersada pela Polícia Militar, em atendimento às regras de prevenção ao novo coronavírus.
O local da seleção foi o auditório da sede própria da Câmara de Dirigentes Lojistas, na Avenida José do Patrocínio de Oliveira, às margens da lagoa. A confusão foi tanta que o presidente da CDL, Daniel Massarolo, teve de vir a público nas redes sociais, explicar que o espaço era locado, e essa é uma das funções da CDL: oportunizar o local para cursos e capacitações.
O que Daniel e os lojistas não esperavam é que o público prometido para 30 pessoas, divididas em grupos e correspondente à metade da capacidade do espaço do auditório – acabou estourando em muito mais do isso. “A CDL não tem nada a ver com esse evento”, observou Daniel, ressaltando que houve apenas a locação do espaço. “Nós pedimos desculpas aos nossos associados, à comunidade em geral. Foi desagradável”, considerou ele.
O comandante da Polícia Militar local, Ruy Florencio Teixeira Júnior, também se pronunciou. A formação não era evento do Estado e não tinha ligação com a PM ou o Corpo de Bombeiros Militares. E assim também se pronunciou o subtenente Evandro Rodrigues, da corporação de bombeiros militares.
Bombeiros e PM se pronunciam
“Nós não temos nenhum vínculo com a empresa que promoveu o curso. Nossos cursos são o Projeto Golfinho, Bombeiros Mirins, da Melhor Idade, Juvenil, curso básico de atendimento a emergência e formação de bombeiros comunitários”, detalhou Evandro. “Como estamos em pandemia, não temos data para promover novos cursos. Quando o fizermos, tornaremos público nas mídias e na rádio”, considerou o subtenente.
Na sua divulgação, a empresa realmente expressava a intenção de dividir o espaço em duas turmas e em dois horários, o que não ocorreu. O Jornalismo Marazul tentou apurar o nome da empresa responsável pela seleção – que apresentava nas mídias sociais apenas como “coordenação dos Anjos Brigadistas”, mas não conseguiu o contato. O espaço está aberto para o posicionamento dos responsáveis pelo curso.