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Prisão de Ruan Brockveldt em Penha deu início à desmantelamento de tráfico de drogas e armas


18 de abril de 2023 por
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Preso com 725 quilos de cocaína há pouco mais de um ano em Santa Catarina, o empresário e lutador de karatê Ruan Arno Brockveld, 24 anos, de Penha, é o estopim para a megaoperação de combate ao tráfico nacional de armas e drogas desencadeado nesta terça-feira (18), conforme noticiou a Rede Marazul, através do MZL10, logo pela manhã.

As informações foram divulgadas pela Polícia Federal (PF), que deflagrou a Operação Facção Litoral, com o objetivo de desarticular organização criminosa situada em Santa Catarina, voltada à prática dos crimes de tráfico de armas, de drogas e de lavagem de dinheiro.

Todos os presos, informou a PF, eram amigos de infância do empresário de Penha, e foram descobertos a partir da apreensão do celular de Brockveld, em fevereiro de 2022, segundo apuraram as jornalistas Clarìssa Batìstela e Talita Catiê, da NSC e portal G1. Na operação desta manhã, foram presos suspeitos de Balneário Piçarras, Penha e Navegantes, e há ainda mandados judiciais cumpridos em Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Camboriú, Apiúna e Florianópolis. Na região, os presos são ligados a Ruan.

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Cerca de 150 policiais cumpriram pela manhã e início da tarde 28 mandados de busca e apreensão, além de 15 mandados de prisão no Estado. A deflagração também contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina.

Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos 12 mandados de sequestro de imóveis, 36 de sequestro de veículos e embarcações, que juntos ultrapassam a quantia de R$ 37 milhões, além do bloqueio de contas bancárias de 32 pessoas físicas e jurídicas investigadas.

As investigações também constataram envolvimento da organização criminosa nos estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Criminal da Comarca de Balneário Piçarras.

Por conta das diversas apreensões de armas em rodovias do país, provenientes de Santa Catarina, entre elas a apreensão pela Polícia Rodoviária Federal de 35 pistolas e seis fuzis, em um município na baixada fluminense, em novembro de 2021, foi iniciada a investigação que chegou inicialmente a Brockveldt. Também houve a apreensão de 700kg de cocaína, 350kg de maconha e 45kg de crack.

Durante as investigações, a PF identificou ação criminosa de lavagem de dinheiro por meio da compra de imóveis de alto padrão, automóveis de luxo e ocultação de patrimônio em nome de interposta pessoa.

Os investigados podem responder pelos crimes de tráfico de armas de fogo, tráfico de drogas, participação em organização criminosa, além do crime de lavagem de dinheiro cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de reclusão.

Venda de armas

De acordo com o delegado da PF ao G1, a operação de venda de armas, drogas e lavagem de dinheiro ocorria em território catarinense. As armas, informou Vieira, eram compradas em regiões de fronteira do estado e negociadas via WhatsApp com criminosos. Em seguida, eram enviadas para os destinos.

“Percebemos nitidamente que todo ciclo dessa cadeia criminosa começava e terminava em SC. Os criminosos estão aqui, daqui negociam a compra desse armamento e dessa droga, trazem para cá, escondem, renegociam e fazem a distribuição para grandes cidades do Brasil, para facções criminosas”, afirmou.

Neste esquema, Brockveld negociava os entorpecentes. Os demais, tinham envolvimento também com as armas, disse Vieira.

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